quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Achado:

 

"...Primeiro, pensava que mãe não falhasse; tudo correspondia a desígnios de uma sabedoria secreta, milenar, inatingível. Era um embate entre Confúcio e seu discípulo imaturo. Depois é que percebi que ela não tinha as respostas do mundo, muito menos dominava as perguntas..." (Fabricio Carpinejar)

Escuto... vontade de dançar!

 

Estácio, holly estácio

 

Se alguém quer matar-me de amor
que me mate no estácio
bem no compasso
bem junto ao passo
do passista da escola de samba
do largo do estácio
O Estácio acalma o sentido
dos erros que faço
trago, não traço
faço, não caço
o amor da morena maldita
domingo no espaço
Fico manso e amanso a dor
hollyday é um dia de paz
solto o ódio, mato o amor
holliday eu já não penso mais


Composição: Luiz Melodia

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

2 em 1

 
 
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
e tudo se acabar na quarta feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor
Tristeza não tem fim
Felicidade sim.

(para lembrar quando completaria 84 anos)
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Ainda sobre arte:
 
www.mcescher.com
Em exposição no Rio... não quero perder.
 
"O MUNDO MÁGICO DE ESCHER"
Quando: até 27/3. De terça a domingo, das 9 às 21h
Onde: CCBB-Rio (r. Primeiro de Março, 66)
Quanto: entrada gratuita
Mais informações: 0/xx/21 3808-2020
 
 

domingo, 23 de janeiro de 2011

Frag(mentos)

Recriar
cada momento belo já vivido
e ir mais
atravessar fronteiras do amanhecer
e ao entardecer
olhar com calma
então...

Milton Nascimento e Fernando Brant

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E as memórias escorrem do pescoço,
do paletó, da guerra, do arco-íris;
enroscam-se no sono e te perseguem,
à busca de pupila que as refleta.

Drummond

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Escuto meu interior,
onde personagens e narrativas aguardam
que eu lhes sopre verosimilhança
ou lhes confira realidade...

Lya Luft

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Porque todos,
todos temos algo a dizer aos outros,
alguma coisa,
alguma palavra que merece ser celebrada
ou perdoada pelos demais

Galeano

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Lapidar
Minha procura toda
trama lapidar
o que o coração
com toda inspiração
achou de nomear
gritando: alma 
...
Viajar nessa procura toda
de me lapidar
neste momento agora de me recriar
de me gratificar
de busto, alma, eu sei
casa aberta
onde mora o mestre, o mago da luz
onde se encontra o templo que inventa a cor
Animará o amor
Onde se esquece a paz

Milton Nascimento e Fernando Brant

Mais uma do Bansky...

Bansky

Desenha...

Bansky

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

...

A Coisa

A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra
   e o leitor entende uma terceira coisa...
 e, enquanto se passa tudo isso,
a coisa propriamente dita começa a desconfiar
que não foi propriamente dita. 
 (Mario Quintana)

Street Art - para além do grafite

Pensando sobre as infâncias

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Foi...

Aquele Abraço

 

 
O Rio de Janeiro
Continua lindo
O Rio de Janeiro
Continua sendo
O Rio de Janeiro
Fevereiro e março
Alô, alô, Realengo
Aquele Abraço!
Alô torcida do Flamengo
Aquele abraço
Chacrinha continua
Balançando a pança
E buzinando a moça
E comandando a massa
E continua dando
As ordens no terreiro
Alô, alô, seu Chacrinha
Velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha
Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha
Velho palhaço
Alô, alô, Terezinha
Aquele Abraço!
Alô moça da favela
Aquele Abraço!
Todo mundo da Portela
Aquele Abraço!
Todo mês de fevereiro
Aquele passo!
Alô Banda de Ipanema
Aquele Abraço!
Meu caminho pelo mundo
Eu mesmo traço
A Bahia já me deu
Régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu
Aquele Abraço!
Prá você que me esqueceu
Aquele Abraço!
Alô Rio de Janeiro
Aquele Abraço!
Todo o povo brasileiro
Aquele Abraço!
Composição: Gilberto Gil

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

viagens... idas e vindas

David  Hockney

Múltiplas possibilidades

ESCHER

Chico

Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão

SOBRE O LER:

Ler rapidamente aquilo que o autor levou anos para pensar é um desrespeito. É certo que os pensamentos, por vezes, surgem rapidamente, como num relâmpago. Mas a gravidez foi longa. Há frases que resumem uma vida. Por isso é preciso ler vagarosamente prestando atenção nas idéias que se escondem nos silêncios que há entre as palavras. Eu gostaria que me lessem assim. Quer eu escreva como um poeta, no esforço para mostrar a beleza, ou como palhaço, no esforço para mostrar o ridículo, é sempre a minha carne que se encontra nas minhas palavras.  (RUBEM ALVES)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Me faz pensar...

Modos de olhar a vida...

A arte de ser feliz
(Cecília Meireles)

Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Será?


Formosa, não faz assim
Carinho não é ruim
Mulher que nega
Não sabe, não
Tem uma coisa de menos
No seu coração

A gente nasce, a gente cresce
A gente quer amar
Mulher que nega
Nega o que não é para negar
A gente pega, a gente entrega
A gente quer morrer
Ninguém tem nada de bom
Sem sofrer
Formosa mulher
!




Formosa (Vinicius de Moraes / Baden Powell)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Amizades especiais...

Alguém que faz você rir…

Alguém que faz você acreditar em coisas boas…

Alguém que convence você …

De que existe uma porta destrancada…

Só esperando para que você abra.

Esta é a Amizade Para Sempre.

Clarice Lispector

Das coisas que alegram a vida...

Le ballon rouge (Albert Lamorisse, 1956)




Encontrar
Comemorar
Celebrar
Compartilhar
Parabenizar
Colorir (o céu com balões)
Apagar (velinhas de aniversário)
Sujar (o dedo de bolo)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quando chove a cântaros...

... Poderia ser divertido ter Magritte como companhia.

Das coisas que gosto de ouvir...

Canto de Ossanha

Baden Powell

O homem que diz "dou" não dá, porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai, porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é, porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá, porque ninguém tá quando quer
Coitado do homem que cai no canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai atrás de mandinga de amor

Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Que eu não sou ninguém de ir em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Amigo senhor, saravá, Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá, que muito vai se arrepender
Pergunte ao seu Orixá, o amor só é bom se doer
Pergunte ao seu Orixá o amor só é bom se doer

Vai, vai, vai, vai, amar
Vai, vai, vai, sofrer
Vai, vai, vai, vai, chorar
Vai, vai, vai, dizer
Que eu não sou ninguém de ir em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

domingo, 9 de janeiro de 2011

“Sou sensível ao charme das coisas simples da vida“

Hoje lembrei de Amelie Poulain... do filme "Le fabuleux destin d'Amélie Poulain".
Lembrei das coisas doces que ela gosta...
Sim ela gosta, poque para mim é como se  existisse de verdade.
Amélie traz consigo as marcas de sua infância... que lembram a minha.

Olha para as nuvens, procurando animais...
Sente o mundo, buscando descobri-lo... seus aromas, seus gostos e suas sensações.
Com as mãos percebe texturas, formas e temperaturas.