"A infância é um outro: aquilo que, sempre além de qualquer tentativa de captura, inquieta a segurança de nossos saberes, questiona o poder de nossas práticas e abre um vazio em que se abisma o edifício bem construído de nossas instituições de acolhimento. Pensar da infância como um outro é, justamente, pensar essa inquietação, esse questionamento e esse vazio ...
...Quando uma criança nasce, um outro aparece entre nós. E é um outro porque é sempre algo diferente da materialização de um projeto, da satisfação de uma necessidade, do cumprimento de um desejo, do complemento de uma carência ou do reaparecimento de uma perda. É um outro enquanto outro, não a partir daquilo que nós colocamos nela. É um outro porque sempre é outra coisa diferente do que podemos antecipar, porque sempre está além do que sabemos, ou do que queremos ou do que esperamos. Desse ponto de vista, uma criança é algo absolutamente novo que dissolve a solidez do nosso mundo e que suspende a certeza que nós temos de nós próprios."
Quantas reflexões para um domingo!
ResponderExcluirGaranto que estava chovendo aí! hahaha
Beijos com mta saudade!
o melhor disso tudo é que é na diferença que nos constituímos, mas não no que se refere a um padrão, a um modelo, a um original....
ResponderExcluira diferença deve ser vista como diferença na relação dela com ela mesma...
só assim conseguimos nos desprender do modelo representacional clássico, do fundacionismo ou ainda da metafísica!!!!
viva a filosofia da diferença....
bjo bjo bjo....